15 ERROS COMETIDOS NO 1º NEGÓCIO


Inexperiência, dúvidas e até entusiasmo em excesso atrapalham a performance dos principiantes em seus negócios.

No universo dos negócios, não são poucos os tropeços que podem e vão ser cometidos por aqueles que arriscam os primeiros passos em empreender.

Primeira vez nunca vai ser fácil!

1 – Falta de planejamento

- acreditar “que tudo vai dar certo”, mas não traçar os passos necessários para chegar ao sucesso almejado.
- contaminados por uma espécie de “otimismo cego”, os empreendedores tendem a queimar etapas imprescindíveis, como a da elaboração do plano de negócio.
- outro comportamento característico é não determinar prazos para etapas como a realização de obras ou a obtenção de documentação, o que acaba comprometendo o início oficial das atividades e gerando impactos negativos.
- mais que planejar, o ideal é se antecipar aos imprevistos e fazer três possibilidades de planos a serem conduzidos.
- deve-se considerar um cenário muito ruim (para o desenvolvimento da iniciativa), um conservador e um muito bom, e ver quanto tempo o empreendimento sobrevive em cada um deles.

2 – Subestimar o empenho necessário

- ser proprietário de um negócio passa longe de poder trabalhar apenas quando se quer.
- entretanto, muitas pessoas costumam unir as duas idéias em seus pensamentos e sonham com o dia em que finalmente serão “o próprio patrão”.
- dessa forma, vêem equivocadamente o empreendimento com uma conotação de mais liberdade e de menos obrigações.
- um negócio requer muito esforço na fase inicial, principalmente para o pequeno empresário, que deve se dedicar totalmente à empresa na fase de lançamento.
- alguns empresários colocam um gerente para ‘tocar’ a empreitada enquanto vão ‘viver a vida’.

3 – Profissionalismo tardio

- a história é sempre a mesma: ao dividir com parentes e amigos sua idéia de montar o negócio, ela é recebida com entusiasmo e euforia. o clima é de festa.
- mas o começo ancorado na empolgação (na sua e na dos outros) geralmente deixa como seqüela o profissionalismo tardio.
- leva-se mais tempo do que o necessário para encarar a empresa como algo sério e trabalhoso.
- desde o primeiro dia a empresa deve ser tratada como tal.
  
4 – Síndrome do “eu também”

- se todo mundo está fazendo, deve ser lucrativo. então, por que não fazer também? esse é o raciocínio clássico que origina os chamados ‘negócios da moda’.
- segundo os especialistas, o risco de mortalidade entre as empresas que surgem dessa forma tende a ser maior ainda.
- há uma peneira natural que filtra os que somem e os que ficam no mercado.
- depois do “boom” é certo que muitos aventureiros terminam por quebrar.

5 – Horror as finanças

- o empresário adora a idéia que teve, mas detesta cuidar da parte financeira.
- tem horror, por exemplo, a se dedicar à manutenção de registros contábeis.
pode contratar alguém para fazê-lo, mas mantém o desinteresse pelo tema.
- a médio prazo, as conseqüências são o descontrole e o prejuízo por má formação de preços.
- os números que estão na contabilidade refletem a vida da empresa em um determinado período.
- mostram quanto vendeu, qual é o custo da operação, qual a margem efetiva e qual a despesa. São informações que podem melhorar os resultados no futuro.

6 –Desconhecimento do mercado

- é um erro diretamente atrelado ao da falta de planejamento.
- ansioso por achar que vai se dar muito bem, o iniciante não pesquisa o mercado.
- ignora a concorrência e segue certo de que só ele tem aquele produto ou serviço.
- muitas vezes só descobre que estava enganado quando é tarde demais.
- é preciso ter visão de cenários, estudar o setor, saber quem são e serão os concorrentes diretos e indiretos.
-a falta de pesquisa pode levar, por exemplo, à dependência de um único fornecedor, o que não é nada interessante do ponto de vista financeiro.

7 – Ponto errado

- dependendo do tipo de negócio, a escolha do ponto é que vai definir se a iniciativa vai prosperar ou naufragar.
- para diminuir as chances de ser prejudicado por uma escolha inadequada, deve-se observar a infra-estrutura, facilidade de acesso e estacionamento, proximidade com o público-alvo e custos do aluguel (se houver).

8 – Gostar, mas não saber fazer

- confundir o que gosta com o que sabe fazer é um deslize comum entre os principiantes.
- uma coisa não tem nada a ver com a outra.
- em vez de hobbies, vale aproveitar a própria bagagem técnica e tentar transformar isso em diferencial de mercado.
  
9 – Rotatividade de colaboradores

- o ‘entra e sai = turnover’ é uma janela por onde voam os lucros de uma empresa.
- esta realidade muitas vezes passa despercebida pela maioria dos empreendedores.
- afinal a regra genérica do mercado é ‘enxugar o rh’ sempre que os negócios não vão bem.
- cerca de 80% da micro e pequenas empresas brasileiras estão no ramo comercial e de serviços.
- nestas empresas, os recursos humanos têm um papel muito importante.
- normalmente, são os vendedores que alavancam as vendas, são eles que trazem os lucros para as empresas.
- gasta-se muito mais para recrutar e capacitar novos colaboradores.

10 – Conceito em aberto

- neste caso, o erro é começar o negócio sem saber exatamente como ele é.
- ou seja, muitos novos empreendedores, deixam para construir o conceito ao longo da operação da empresa.
- um bom teste é uma resposta à pergunta: - ‘o que é o seu negócio?’
se o novo empreendedor levar mais de um minuto pensando para explicar, ele provavelmente não sabe direito o que vai fazer, ou faz.    
- divergências conceituais entre sócios, somadas a outras dificuldades como ausência de capital de giro e plano de negócio inexistente, podem levar a derrocada do empreendimento.             

11 – Contenção de custos exagerada

- num tempo em que ‘conter custos’ virou palavra de ordem para uma gestão de sucesso, os especialistas alertam que economizar é bom, mas é preciso ser criterioso na hora de escolher o que precisa ser cortado.
- a idéia é que a economia excessiva pode comprometer processos prioritários, como a qualidade dos produtos/serviços.
- e, conseqüentemente, lançar a empresa numa situação de risco.
- na verdade, não há como fazer uma empresa crescer sem gastar.
- o melhor, é tentar equilibrar a equação entre o que é preciso economizar e aquilo que é indispensável investir.
- não faz sentido algum, simplesmente não gastar. O caminho é ter um controle eficiente de custos.

12 – Baratear para manter clientela

- foi-se o tempo em que produto ou serviço baratos eram sinônimos de clientela fiel.
- hoje em dia, não adianta mais acreditar que o preço baixo vai funcionar por si só como âncora de uma empresa.
- fatores como concorrência internacional e exigência por parte dos consumidores contribuem para minar a estratégia considerada ‘certa’ há algumas décadas.
- valor agregado é o conceito que resume a tendência e segundo o qual o cliente paga não apenas pelo que comprou, mas pelos benefícios implícitos na marca.

13 – Ausência de indicadores

- desconhecer o que as pessoas pensam sobre o projeto é outra falha bastante comum entre os que estão começando.
- o problema se torna mais grave, quando o modelo de gestão leva igualmente a ignorar o grau de satisfação da potencial clientela.
- há um período em que o empreendedor precisa mesmo deixar a maré de opiniões de lado.
- caso contrário, nem consegue emplacar a iniciativa.
- assim que o negócio começar a amadurecer e mostrar alguns resultados, é hora de mudar radicalmente.
- a partir daí, as opiniões passam a colaborar diretamente para o aperfeiçoamento contínuo.
- monitorar a satisfação do público e a forma como ele é tratado é essencial.

14 – Subestimar o tempo de retorno

- nem sempre o negócio começa a dar lucro no prazo originalmente previsto.
- a extensão do tempo de retorno acaba se tornando uma das maiores fontes de estresses e de desânimo para o empreendedor estreante.
- com freqüência, é ao esbarrar nesse obstáculo que ele considera pela primeira vez a hipótese de desistir e fechar as portas.
- o superdimensionamento do retorno é outro ponto negativo.
- é bastante comum acreditar que a receitas virão em maior volume e em menor tempo do que ocorre na realidade.
- normalmente, quase todos os negócios, exigem tempo para que se concretizem, e é fácil que ultrapassem os limites de tempo fixados inicialmente.

15 – Misturar pessoas jurídica e física

- é quando o empresário e o cidadão que comanda a empresa começam a se fundir involuntariamente.
- a mistura abrange desde a parcialidade na contratação de funcionários (empregar parentes, por exemplo) até a utilização de recursos próprios para financiar a iniciativa.
- esta mistura pode arruinar negócio e vida pessoal.
- o ideal é que desde o início do negócio, estas duas realidades sejam bem separadas e constantemente administradas, principalmente se a sociedade é entre amigos ou conhecidos.
Folha de São Paulo

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